01/11/2014

Radiologia do Sistema Nervoso Central

RADIOLOGIA SISTEMA NERVOSO

ARM = angioressonância nuclear magnética
ERM = espectroscopia
dRM = imagem de difusão
pRM = imagem de perfusão
RMF = imagem funcional
ATC = angiografia por TC dinâmica com infusão de contraste
PTC = perfusão por TC
SPECT = TC por emissão de fóton único
PET = TC por emissão de pósitron

ANATÔMICAS
Radiografia simples, TC, RM, arteriografia cerebral e ultrassonografia.

FUNCIONAIS
SPECT, PET, perfusão por TC, dRM, pRM, RMF e ERM

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
alta atenuação (brilhante), baixa atenuação (escuro)
contrastes iodados: realçam os vasos sanguíneos e os seios sinusais normais, além de estruturas sem barreira hematoencefálica como hipófise, plexo coroide e glândula pineal.
TCA = maximiza opacificação da circulação arterial
TCV = maximiza opacificação da circulação venosa

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Demonstra núcleos de hidrogênio dentro de moléculas de água e gordura. O relaxamento tecidual ocorre por decaimento longitudinal (ou T1) e decaimento vertical (ou T2).
T2 = liquido brilhante, gordura escura
T1 = liquido escuro, gordura brilhante
Gd-DTPA (gadopentetato de dimeglumina) = contraste usado frequentemente, aumenta lesões brilhantes.
Técnicas: gradiente-eco rápida, spin-eco rápida, FLAIR, imagem eco-planar
Aplicações: ARM de alta resolução, dRM, pRM, ERM, RMF e monitorização em tempo real de procedimentos intervencionistas.

ARM (Angiorressonância)
Gera imagens tridimensionais da circulação carotídea a vertebrobasilar.
Avaliação de doença arterial oclusiva e aneurismas intracranianos.

dRM (Imagem de Difusão)
Movimento de translação aleatório de moléculas de água e outras pequenas moléculas no tecido, estimulada por calor, o movimento Browniano.
Importante no AVEi precoce, na qual a área afetada “brilha”.
Outras aplicações na diferenciação de cistos de tumores sólidos, inflamatórias/infecciosas (encefalite, abcessos) ou anormalidades da substância branca (encefalopatia hipertensiva)

pRM (Imagem de Perfusão)
Utilizadas nas isquemias cerebrais e reperfusao, tumores cerebrais, epilepsia e défices de fluxo sanguíneo na doença de Alzheimer.
Técnicas bolus de contraste (igual à perfusão por TC) ou técnica arterial sipin-labeling (ASL), que usa um pulso de radiofrequência para marcar os prótons que percorrem as artérias cervicais. Ela não requer administração de contraste.

RMF (Ressonância Funcional)
Verifica alterções no fluxo sanguíneo decorrente de ações específicas como por exemplo flexionar o dedo indicador.
Pode ser utilizada no pré-operatório para distinguir o córtex de massas.

ERM (Espectroscopia por RM)
Fornece informações qualitativas e quantitativas sobre o metabolismo cerebral e a composição tecidual.
Discrimina-se os prótons de metabólitos, e suas posições podem ser definidas como um espectro.
Os principais metabólitos são o NAA (N-acetilaspartato) – marcador neuronal, colina – marcador de celularidade e turn-over de membrana, creatina – marcador metabolismo energético, lactato – marcador metabolismo anaerobicol.
Uma utilização é no pré e pós tratamento de tumores cerebrais, com importante papel em tumores residuais.

ARTERIOGRAFIA CEREBRAL
É injetado contraste hidrossolúvel na artéria carótida ou vertebral.
Digitalizada informações em relação às circulações capilar, arterial e venosa.
Risco de AVE é de 1 em 1000.
Hoje em dia vem sendo substituída pela angioTC.
Valor importante na diferenciação de doenças vasculares do SNC, padrão ouro na investigação de vasculite.

ULTRASSONOGRAFIA
Tem papel no uso do Doppler por fluxo na avaliação do fluxo e da permeabilidade da artéria carótida na aterosclerose, análise do vasoespamo em situação de hemorragia subaracnóidea por Doppler transcraniano, que também vê anomalias e sangramentos intracranianos em recém-natos
Doppler transcriano pode ser utilizado para diagnostico de vasoespasmo cerebral, avaliação de AVE e isquemia transitória, detecção de embolos intracranianos, monitoramento de vasculite em crianças com anemia falciforme e verificação de alteração de pressão intracraniana de fluxo sanguíneo em pacientes com lesão cerebral ou lesão de massa.

SPECT (Tomografia por Emissão de Fóton Único)
Utiliza uma câmera rotatória gama para reconstruir  imagens de corte transversal da distribuição de um fármaco radioativo administrado ao paciente (I-123 Iodo radioativo ou Tc99m Tecnécio), originando uma mapa de perfusão cerebral, e fornecendo informações indiretas sobre o metabolismo cerebral.

PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons)
Imagem transversal gerada por computador da distribuição e concentração local de um radiofármaco (é uma técnica similiar ao SPECT). O radiotraçador geralmente é o flúor-desoxiglicose, fornecendo a medida do metabolismo da glicose no cérebro. A resolução é melhor que do spect, apresenta informações úteis no AVE, epilepsia, demência e tumores, sendo as principais indicações em pacientes com convulsões parciais complexas e identificação de recorrência tumoral.

Por: Erickson Danilo Padovani